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14/01/2021 - 08:48:39
NOTA OFICIAL AMB - ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA SOBRE COVID-19

Posição da AMB e Vacinação.

A Associação Médica Brasileira, AMB – em conjunto com todo o seu quadro de

Sociedades de Especialidades, em particular as Sociedades abaixo signatárias - vem a público comunicar seu posicionamento relacionado aos aspectos preventivos, diagnósticos e terapêuticos da doença COVID-19. Damos ênfase à importância da vacinação da população contra o Sars-CoV-2 e, para tanto, apresentamos como fundamentos as mais sólidas e atualizadas evidências cientificas da Medicina.


Legitimada por representar todo movimento médico associativo e em

cumprimento a sua missão, a AMB conclama os cidadãos do País a aderir à

programação oficial de vacinação a ser definida pelas autoridades sanitárias nas

próximas semanas, bem como manter as conhecidas medidas preventivas que

reduzem a transmissão do novo coronavírus.


O ano de 2021, felizmente, começa com perspectivas. Estão chegando as

vacinas para COVID-19 no Brasil. Elas têm potencial de ser um divisor de águas no

combate à pior crise sanitária mundial dos últimos cem anos.

Nos próximos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) avaliará

os resultados das pesquisas referentes à eficácia e à segurança das vacinas de

Oxford/AstraZeneca e CoronaVac contra o SARS-CoV-2, atendendo a solicitações de

uso emergencial da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantã,

respectivamente.


A agência reguladora nacional merece credibilidade da comunidade científica e a

confiança da sociedade brasileira, pois, desde a sua criação, em 26 de janeiro de 1999,

atua adequadamente na avaliação de novos medicamentos, vacinas, testes

laboratoriais e dispositivos médicos, apenas permitindo o uso no Brasil quando

demonstram qualidade, eficácia e segurança.


Enfrentando a triste realidade de mais de 200.000 brasileiros mortos pela

COVID-19 – somos o segundo país com maior número de óbitos no mundo - temos a

certeza de que a ANVISA saberá avaliar com qualidade e celeridade a solicitação de

autorização para uso emergencial e/ou o registro destas vacinas.

É urgente o início da vacinação no Brasil. Só assim evitaremos mais mortes

causadas pela COVID-19. Desde 8 de dezembro de 2020, quando a primeira dose da

vacina foi ministrada no mundo ocidental, já são 23 milhões de aplicações realizadas

com segurança em mais de 50 países. A maioria das pessoas vacinadas não

apresenta efeitos colaterais. Os que apresentam geralmente têm sintomas leves.


Nenhuma morte relacionada à vacinação para COVID-19 foi descrita até o momento,

enquanto a doença já causou mais de 1.900.000 óbitos globalmente.

Uma vez autorizadas ou aprovadas pela ANVISA, as vacinas poderão e têm de

ser oferecidas aos brasileiros COM SEGURANÇA e EFICÁCIA.

É imperioso que os gestores públicos nos três níveis (federal, estadual e

municipal) atuem com organização, interação e rapidez na aquisição, disponibilização,

armazenamento e aplicação das vacinas. Cada dia de vacinação terá impacto

progressivo para salvar centenas de vidas de brasileiros.

Aproximadamente de 2 a 4 semanas após a vacinação, o organismo humano

inicia a produção de anticorpos eficazes para evitar a COVID-19 ou reduzir o risco de

evolução para formas mais graves da doença. Por isso, há a necessidade urgente de

termos vacinas disponíveis, e assim, mudarmos o atual cenário desolador e recorrente

de mais de 1.000 mortes por dia pela COVID-19 no Brasil.

Vivemos um momento de demasiada desinformação, desserviço e fake news. É

relevante conscientizarmos a população brasileira da importância fundamental das

vacinas para controle das mais diversas doenças infecciosas, entre as quais a COVID-

19.


Orientamos e clamamos que não se repassem vídeos e mensagens que

desinformam sobre a real eficácia e segurança das vacinas.

Reconhecidamente, as vacinas representam um dos maiores feitos da

humanidade. Quem recebe uma vacina se protege e protege também as pessoas de

seu convívio social, incluindo familiares, amigos e colegas de trabalho.

Com as vacinas conseguimos erradicar doenças como a varíola, reduzimos

mortes como as causadas pelo sarampo e pela meningite, além de sequelas graves

como as da poliomielite. Do mesmo modo, conseguiremos controlar a maior pandemia

dos últimos 100 anos, a COVID-19.

O isolamento de novas cepas do SARS-CoV-2, principalmente a variante

B.1.1.7, traz alertas. Apesar de ser transmitida mais facilmente, esta nova cepa não

parece causar doença mais grave.


Porém, com o aumento da transmissão, temos mais casos e,

consequentemente, mais mortes. Os estudos iniciais sugerem que as vacinas

existentes também são eficazes para evitar a COVID-19 causada por cepas mutantes.

No contexto de prevenção de doenças infecciosas, nenhuma medida isolada tem

eficácia máxima. Portanto, se deve aliar à vacina as “6 regras de ouro”, medidas já

comprovadamente efetivas na prevenção da COVID-19. São elas:

1) Uso de máscaras;

2) Distanciamento físico de pelo menos 1,5 metro;

3) Higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%;

4) Evitar aglomerações;

5) Permanecer em isolamento respiratório domiciliar, desde o 1º dia de

sintomas suspeitos de COVID-19. Procurar atenção médica para o

diagnóstico correto e seguir a orientação recebida e apropriada para cada

caso em sua individualidade. Não se automedicar;

6) Manter os ambientes arejados e ventilados.


Com o controle da pandemia, teremos a perspectiva de enfrentar com melhores

resultados as graves consequências sociais que esta devastadora pandemia causa ao

Brasil e ao mundo, inclusive retomando a vida produtiva, o crescimento econômico,

gerando empregos e construindo um futuro de progresso coletivo.

São Paulo, 13 de janeiro de 2021.

Signatários:

ASSOCIAÇÃO MEDICA BRASILEIRA e suas afiliadas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOLOGIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEMATOLOGIA, HEMOTERAPIA E TERAPIA

CELULAR

ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANGIOLOGIA E DE CIRURGIA VASCULAR

SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA



Fonte: AMB
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