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02/08/2016 - 11:28:11
18ª CONFERÊNCIA APROVA REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO MAIS 5% DE AUMENTO REAL

Defesa do Emprenho e “Nenhum Direito a Menos” são as prioridades definidas pela categoria bancária.

Emprego, aumento real de 5%, PLR maior, não à terceirização, ao assédio moral e metas abusivas, essa foi a decisão dos 633 delegados em plenária final da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, encerrada no início da tarde deste domingo (31) no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo.

Além do reajuste, a 18ª Conferência aprovou as reivindicações sobre os quatro eixos da Campanha (Emprego, Saúde, Segurança e Condições de Trabalho, Remuneração e Estratégia para Organização da Luta). A Conferência aprovou também melhoria nos planos de saúde dos funcionários, incluindo plano de saúde aos aposentados nas mesmas condições e valores vigentes enquanto ativos. E mais: campanha unificada e manutenção do formato de negociação; ou seja, mesa única, concomitante com os bancos públicos.

A Campanha salarial 2016 que será uma das mais importantes dos últimos anos, além da luta contra demissões, por mais contratações, aumento real, PLR maior, fim da terceirização e condições de trabalho decentes, este ano vai se somar à mobilização nacional contra a retirada de direitos da classe trabalhadora do nosso país.

A 18ª Conferência reuniu durante três dias (29, 30 e 31 de julho) 633 delegados (400 homens e 233 mulheres).

A pauta que será entregue a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 9 de agosto, prevê:

Remuneração – Reajuste salarial de 14,78% com aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%.  A PLR de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Para o vale-refeição, R$ 40 ao dia.

Emprego – Entre as principais reivindicações dos bancários está o respeito aos empregos. Além do fim das demissões e mais contratações, os trabalhadores querem a promoção da igualdade de oportunidades para todos, o fim das discriminações nas contratações, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBT e pessoas com deficiência (PCDs).

No combate à terceirização no sistema financeiro, será proposta a suspensão de todos os projetos dos que terceirizam serviços e a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para reverter esse quadro e transformar todos os terceirizados em bancários.

Somente nos primeiros três meses do ano o lucro líquido dos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú e Santander) chegou à marca de R$ 13 bilhões. Dos 25 setores com empresas de capital aberto avaliados pela Consultoria Economatica, o bancário foi o de maior lucratividade no período. As receitas com prestação de serviços e tarifas cresceram 6,2%, atingindo R$ 26,6 bilhões.

Agências digitais – A pauta deste ano conterá reivindicações específicas para agências digitais e sobre novas tecnologias.

Saúde e condições de trabalho – Além da manutenção da luta contra o assédio moral e as metas abusivas, os bancários querem a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde. Também será cobrado que os planos de saúde sejam mantidos após a aposentadoria do trabalhador e que sejam custeados pelas empresas.

Segurança – Em relação à segurança, os bancários reforçaram a necessidade de portas giratórias nas agências, instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim das guardas das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários.

Estratégia – Além da unidade entre trabalhadores de bancos públicos e privados, os bancários aprovaram estratégias de luta em defesa do emprego, pelo fim das demissões imotivadas, da terceirização, em defesa das empresas públicas. Diante dos ataques aos direitos, os bancários dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, à proposta que coloca o negociado sobre o legislado, em defesa da CLT, do SUS, além da importância de esclarecer a população sobre a alta de juros tão nefasta à sociedade.

Paridade – Os delegados votaram que a partir de 2017, a Conferência deverá contar com a participação mínima de 30% de mulheres. Também foram aprovadas moções, entre as quais a que categoria se coloca contra a violência de gênero.

 

 



Fonte: Contraf
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